Page 139 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina

II - TRATAMENTO E PROFILAXIA DE INFECÇÕES EM ADULTOS

20.2 INFECÇÕES POR CANDIDA
20.2.1 Susceptibilidade da Candida spp. aos antifúngicos
Espécie Fluconazol Itraconazol Voriconazol Anfotericina Equinocandinas
de Candida
albicans S S S S S
tropicalis S S S S S
parapsilosis S S S S S↓ - R
glabrata S↓ - R S↓ - R S - S↓ S S
kruseii R R S S S
lusitaniae S S↓ - R S S↓ - R S
S- sensível; S↓- sensibilidade reduzida; R- resistente
20.2.2 Candidúria

• Evento comum em pacientes hospitalizados, especialmente naqueles com cateter
vesical de demora e naqueles com antibioticoterapia prévia.
• Candidúria como fonte de candidemia ou envolvimento ascendente dos rins é raro
e, geralmente, ocorre em pacientes com obstrução do trato urinário ou naqueles
submetidos a procedimentos urológicos.
• A piúria é tão comum em pacientes com cateter vesical de demora crônico que não
pode ser usada para indicar infecção.
• Nem a presença de pseudo-hifas na urina nem o número de colônias crescendo
na cultura (ao contrário de culturas bacterianas de urina) ajudam a distinguir a
colonização da infecção.
• O tratamento com antifúngico não está associado à maior probabilidade de eliminação
da Candida da urina ou a benefício de sobrevida.

CANDIDÚRIA ASSINTOMÁTICA
(Ausência de sinais e sintomas de ITU + urocultura positiva)
• Pacientes de alto risco (gestantes ou pré-operatório de cirurgia urológica)  Tratar
Nesse caso, se paciente cateterizado, orienta-se trocar inicialmente a sonda e coletar nova
amostra de urina e, caso persistir com urocultura positiva, mantém-se a indicação de tra-
tamento.

• Pacientes não pertencentes ao grupo de risco  Não tratar
CANDIDÚRIA SINTOMÁTICA
(Presença de sinais e sintomas de ITU + piúria + urocultura positiva)
• Trocar a sonda ou retirar o quando antes + Indicar antifúngico
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