Page 145 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina
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II - TRATAMENTO E PROFILAXIA DE INFECÇÕES EM ADULTOS


            FREQUÊNCIA DE MONITORIZAÇÃO DE VANCOCINEMIA

           Se nível sérico estável (2 vancocinemias seguidas entre 15-20 mcg/mL):
             •  Função renal normal e hemodinamicamente estável: 1 vez por semana
             •  Função renal alterada ou hemodinamicamente instável: a cada 2 dias

           REFERÊNCIAS
           RYBAK MJ, LOMAESTRO BM, ROTSCHAFER JC, et al. Vancomycin therapeutic guidelines:
           a summary of consensus recommendations from the infectious diseases Society of America,
           the American Society of Health-System Pharmacists, and the Society of Infectious Diseases
           Pharmacists. Clin Infect Dis 2009;49:325-7.
           ZELENITSKY et al. Initial  Vancomycin Dosing Protocol to Achieve  Therapeutic Se-
           rum Concentrations in Patients Undergoing Hemodialysis. Clinical  Infectious  Diseases,
           2012;55(4):527–33.
           Guia Sanforde de Terapia Antimicrobiana, 51ª. edição, 2021.
           UPTODATE,  acesso  em:  https://www.uptodate.com/contents/vancomycin-parenteral-dos-
           ing-monitoring-and-adverse-effects-in-adults?search=vancomycin&source=search_re-
           sult&selectedTitle=3~148&usage_type=default&display_rank=2#H3921041844


           22 NÃO INTERNAÇÃO E DESOSPITALIZAÇÃO

           As infecções relacionadas à assistência à saúde, conhecidas como IRAS, ocorrem em função
           das admissões e procedimentos realizados durante a assistência, seja num hospital, clínica,
           unidade básica de saúde, clínicas de hemodiálise e mesmo no atendimento ambulatorial.

           Falha nas técnicas de prevenção, em especial na higiene adequada das mãos, limpeza e desin-
           fecção do ambiente, por descuido ou descaso, uso de materiais não estéreis ou mal reproces-
           sados, são as principais causas que levam às IRAS. A superlotação de muitos estabelecimentos
           de saúde, a presença de microrganismos multirresistentes, em especial nos hospitais de alta
           complexidade, com UTIs, são fatores que aumentam a morbidade e mortalidade dos pacientes
           hospitalizados.
           É possível minimizar os riscos de complicações com a NÃO INTERNAÇÃO e com a DESOSPI-
           TALIZAÇÃO.

           A NÃO INTERNAÇÃO tem o objetivo de tratar o paciente ambulatorialmente, sem precisar de
           procedimentos invasivos como acessos venosos e o tratamento deve ser preferencialmente
           por via oral. A DESOSPITALIZAÇÃO visa retirar o paciente o mais rápido possível do ambiente
           hospitalar, seja através de alta precoce, seja por continuidade de tratamento domiciliar com
           terapia intravenosa ou sequencial para via oral.
           De acordo com dados estatísticos do DOM-UNIMED-Londrina, em 2018, as principais cau-
           sas infecciosas de internação foram pneumonia, infecção de trato urinário e de pele e partes
           moles.

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