Page 14 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina
P. 14
PROTOCOLOS E DIRETRIZES:
ANTIBIOTICOTERAPIA E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
• PR (polimixina resistente): Resistentes às polimixinas e, geralmente, resistente aos de-
mais antimicrobianos testados; consultar antibiograma;
• MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina): S. aureus resistentes à oxacilina
e sensível à vancomicina; demais antibióticos, consultar antibiograma;
• VISA (Staphylococcus aureus intermediário à vancomicina) e VRSA (Staphylococcus
aureus resistente à vancomicina): S. aureus resistentes à oxacilina e com concentra-
ções inibitórias mínimas (CIM) elevadas para vancomicina, contraindicando seu uso;
demais antibióticos, consultar antibiograma;
• VRE (Enterococcus spp. resistente à vancomicina): Enterococcus spp. resistente ao uso
de vancomicina, normalmente nas espécies E. faecium e E. faecalis; demais antibióti-
cos, consultar antibiograma.
Assim como para patógenos bacterianos, a OMS publica, em 2022, documento similar onde
prioriza ações sobre fungos que causam doença invasiva sistêmica e para os quais o trata-
mento é limitado por resistência ou problemas de manejo. Dentro dos patógenos fúngicos
elencados estão Aspergillus fumigatus e espécies de Candida, incluindo C. auris, importan-
tes em infecções no ambiente hospitalar e para os quais as poucas opções terapêuticas po-
dem ser mitigadas pela multirresistência.
Em uma tentativa de padronizar as terminologias utilizadas para descrever a resistência em
microrganismos, um grupo internacional de especialistas, composto pelo European Centre
for Disease Prevention and Control (ECDC) e pelo Centers for Disease Control and Prevention
(CDC) definiu:
• MDR (multidroga-resistente): resistência a pelo menos um agente em três ou mais ca-
tegorias antimicrobianas;
• XDR (extensivamente droga-resistente): resistência a pelo menos um agente em todas
as categorias antimicrobianas, exceto uma ou duas (ou seja, o isolado bacteriano per-
manece suscetível a apenas uma ou duas categorias);
• PDR (pandroga-resistente): resistência a todos os agentes em todas as categorias anti-
microbianas.
De maneira similar, o Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina
padronizou as terminologias de acordo com sua realidade, definindo-as da seguinte maneira:
GRAM NEGATIVOS ANTIMICROBIANOS RESISTENTES
• CR: resistentes às cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações e aos carbapenê-
micos (meropenem ou imipenem), mas sensível às combinações com
inibidores de ꞵ-lactamase (p.ex.: ceftazidima-avibactam, ceftolozane-
Citrobacter spp. -tazobactam).
Enterobacter spp. • CR-MBL: produtora de metalo-ꞵ-lactamase, resistentes a todos os
Escherichia coli ꞵ-lactâmicos (exceto aztreonam) e às combinações com inibidores de
Klebsiella spp. ꞵ-lactamase (p.ex.: -avibactam, -tazobactam); .
Morganella spp. • PR: resistente às polimixinas.
Proteus spp. • Pan-resistente: resistente a todas as drogas testadas.
Providencia spp. * A resistência às fluoroquinolonas e aos aminoglicosídeos deve ser
Serratia spp.
checada no antibiograma.
** Serratia spp., Proteus spp., Providencia spp. e Morganella
morganii são intrinsecamente resistentes às polimixinas.
14