Page 154 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina
P. 154

PROTOCOLOS E DIRETRIZES:
                     ANTIBIOTICOTERAPIA E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE


        SCHEINFELD N. S. Medscape: Intravenous-to-Oral Switch Therapy. 2017. Disponível em: ht-
        tps://emedicine.medscape.com/article/237521-overview.
        SCHUTS EC, HULSCHER MEJL, MOUTON JW, VERDUIN CM, STUART JWTC, OVERDIEK
        HWPM, VAN DER LINDEN PD, NATSCH S, HERTOGH CMPM, WOLFS TFW, SCHOUTEN JA,
        KULLBERG BJ, PRINS JM. Current evidence on hospital antimicrobial stewardship objectives:
        a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2016 Jul;16(7):847-856. doi: 10.1016/
        S1473-3099(16)00065-7. Epub 2016 Mar 3. Erratum in: Lancet Infect Dis. 2016 Jul;16(7):768.
        PMID: 26947617.
        UP TO DATE. Drug Information. Pharmakodynamics/Kinetics. 2018.
        The Sanford guide to antimicrobial therapy. Dallas, TX :Antimicrobial Therapy, Inc., 2022.


        23 ANTIMICROBIANOS E CUIDADOS PALIATIVOS
        Os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma
        abordagem para melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que passam por uma
        situação de doença ameaçadora à vida, prevenindo e aliviando o sofrimento por meio da iden-
        tificação precoce da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.
        Em países desenvolvidos, cerca de 80% dos pacientes com diagnóstico de câncer vão neces-
        sitar de cuidados paliativos. No entanto, em pacientes em desenvolvimento, apenas cerca de
        10% terão acesso a ele.
        As complicações mais frequentes no paciente terminal são infecção e febre. Cerca de 90%
        dos pacientes hospitalizados com câncer avançado são tratados com antibiótico na sua última
        semana de vida.
        Atualmente, não há consenso sobre o uso de antibióticos em cuidados paliativos, justamente
        por englobar pacientes em diferentes estágios da doença, com capacidade funcional variada.

        Diversas escalas são usadas para avaliar o paciente:
        Escala de performance paliativa (Performance Palliative Scale – PPS)
        A PPS é usada como escala de avaliação prognóstica, já existindo diversas pesquisas corre-
        lacionando o tempo de vida dos pacientes com os seus escores do PPS. Pacientes com PPS
        10% tendem a viver de 1 a 3 dias e pacientes com PPS 30% tendem a ficar vivos de 5 a 30 dias.


                        Atividade e evidência
         %    Deambulação                Autocuidado  Ingestão  Nível de consciência
                        de doença
                        Normal, sem evidência
         100  Completa                   Completo   Normal    Completo
                        de doença
                        Normal, alguma
         90   Completa                   Completo   Normal    Completo
                        evidência de doença
                        Com esforço, alguma
         80   Completa                   Completo   Normal    Completo
                        evidência de doença
        154
   149   150   151   152   153   154   155   156   157   158   159