As queimadas, cada dia mais comuns em muitas regiões do Brasil, têm impactos devastadores no meio ambiente e também na saúde humana. A fumaça liberada contém substâncias tóxicas que podem afetar gravemente o sistema respiratório, cardiovascular e até mesmo causar irritações nos olhos e pele. Saber como essas queimadas afetam sua saúde e quais medidas tomar para se proteger é essencial. 

Efeitos das queimadas na saúde 

As queimadas liberam grandes quantidades de partículas finas e substâncias tóxicas, como dioxinas, metais pesados, monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio. Esses poluentes podem ser inalados e causar danos significativos ao sistema respiratório, além de agravar doenças cardiovasculares. De acordo com especialistas, essas partículas ultrapassam os alvéolos pulmonares e entram na corrente sanguínea, causando inflamação em todo o corpo.

Principais problemas de saúde causados pela fumaça:

- Asma e bronquite: pacientes com doenças respiratórias pré-existentes são altamente vulneráveis.

- Doenças cardíacas: a poluição do ar pode aumentar os riscos de infarto e arritmias.

- Problemas respiratórios agudos: mesmo pessoas saudáveis podem desenvolver sintomas como falta de ar e chiado no peito.

- Ação cancerígena: seria um efeito a longo prazo, com aumento do risco de neoplasias pela presença de substâncias cancerígenas ou suspeitas de ação cancerígena, como as dioxinas, furanos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Esses compostos podem estar presentes tanto no material particulado quanto na fase gasosa. 

Sintomas comuns causados pela exposição à fumaça das queimadas

Os sintomas mais comuns causados pela inalação de fumaça incluem:

- Fadiga e dificuldade respiratória: sensação de falta de ar e cansaço extremo.

- Olhos irritados e vermelhos: a fumaça causa irritação na mucosa ocular, resultando em ardência e coceira.

- Tontura e dores de cabeça: a exposição prolongada pode causar enxaquecas e tonturas.

- Irritação na garganta e tosse: sintomas comuns devido à inalação de partículas tóxicas.

Se você notar qualquer um desses sintomas, é crucial buscar atendimento médico imediato, principalmente se houver histórico de doenças respiratórias.

Quem são os mais vulneráveis à fumaça das queimadas?

Certos grupos são mais vulneráveis aos efeitos das queimadas:

- Crianças e idosos: com o sistema imunológico e respiratório mais sensíveis, são os mais afetados.

- Pacientes com doenças crônicas: quem sofre de asma, DPOC, bronquite e doenças cardíacas deve redobrar os cuidados.

- Grávidas: a exposição à poluição do ar pode afetar tanto a saúde da mãe quanto a do bebê.

Dicas para proteger sua saúde durante as queimadas

Embora seja impossível evitar totalmente os efeitos das queimadas, você pode tomar medidas importantes para proteger sua saúde e minimizar os riscos:

- Use máscaras de proteção: máscaras N95 são eficazes para filtrar as partículas finas presentes na fumaça.

- Mantenha o ambiente fechado: feche janelas e portas e, se possível, use umidificadores para manter a qualidade do ar em casa.

- Evite exercícios ao ar livre: não faça atividades físicas em locais abertos durante períodos de alta concentração de fumaça.

- Hidrate-se constantemente: beba bastante água para ajudar o corpo a eliminar toxinas.

- Lave o rosto e os olhos frequentemente: use soro fisiológico para lavar os olhos e remover partículas de poluição.

Recomendações médicas para pacientes com doenças respiratórias

Pacientes com doenças crônicas, como asma e rinite alérgica, devem manter o tratamento regular com seus medicamentos inalatórios, principalmente durante períodos de queimadas. Além disso:

- Utilize as bombinhas preventivamente, antes dos sintomas aparecerem.

- Obtenha medicamentos usados em crises anteriores e tenha-os à disposição.

- Evite sair de casa durante picos de fumaça e sempre que possível utilize uma máscara N95 ao sair.

Se houver dificuldade respiratória, tontura ou dor de cabeça persistente, procure atendimento médico imediato.

As queimadas representam uma séria ameaça à saúde pública, principalmente para aqueles que vivem próximos aos focos de incêndio. Os riscos à saúde respiratória e cardiovascular são elevados, mas com as devidas precauções e orientações médicas, é possível minimizar esses impactos. 

Fique atento à qualidade do ar em sua região, proteja-se e busque ajuda médica se surgirem sintomas graves.