O tabaco é responsável por mais de 50 doenças, afetando tanto o fumante ativo, como o fumante passivo
O fumante passivo é aquela pessoa que não fuma ativamente, mas, encontra-se exposta, principalmente em locais fechados, à fumaça do tabaco. Também conhecido como tabagismo passivo, essa é uma situação extremamente comum, tanto dentro de casa, no trabalho ou também em restaurantes, ou outros locais de passeio.
Contudo, o que muitas pessoas não sabem, é que o cigarro e também a exposição à sua fumaça são as principais causas de doenças cardiovasculares. Infelizmente, essa relação entre tabaco e doenças cardiovasculares acontece e é a responsável por cerca de 44% de todas as mortes que ocorrem por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs), representando 17,9 milhões de mortes por ano, segundo aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entretanto, o tabagismo não se restringe a apenas doenças cardiovasculares. O cigarro ainda pode causar mais de 50 doenças diferentes, ocasionando em mortes, tanto em fumantes ativos como em passivos. Podemos destacar aqui algumas dessas doenças como, por exemplo:
- Câncer de boca, pulmão, bexiga, entre outros;
- Bronquite e enfisema;
- Derrame cerebral;
- Infarto;
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Úlceras gástricas;
- Alterações visuais e de memória;
- Doenças reumáticas, etc.
Segundo um novo relatório da OMS, denominado Global Report on Trends in Prevalence of Tobacco Smoking 2000-2025, o tabaco mata mais de sete milhões de pessoas todos os anos.
Quais os riscos da fumaça do tabaco?
A fumaça do cigarro e de outros produtos originados do tabaco é altamente tóxica e, quando exalada em ambientes fechados, ocorre a chamada poluição tabagística ambiental (PTA). Existem mais de 4,7 mil substâncias tóxicas na fumaça do cigarro. Entre as substâncias, é possível destacar:
- Alcatrão: possui mais de 40 elementos cancerígenos;
- Monóxido de carbono (CO): entrando em contato com a hemoglobina do sangue, complica a oxigenação;
- Nicotina: considerada pela OMS como droga psicoativa, causando dependência e liberação de catecolaminas, responsável por contrair os vasos sanguíneos, acelerar a frequência cardíaca e causar hipertensão arterial.
De imediato, o fumante passivo já sente alguns sintomas da fumaça tóxica do cigarro como a irritação nos olhos, nariz, garganta ou também pulmões. Contudo, as complicações não param por aí. O fumante passivo, assim como o fumante ativo, está sujeito às mesmas doenças já citadas acima, como o câncer.
Além disso, o tabagismo passivo é extremamente prejudicial principalmente para gestantes e crianças. Em gestantes, as chances de complicações na gravidez e no parto, recém-nascido abaixo do peso e parto prematuro se tornam maiores. Para crianças que convivem com fumantes, o desenvolvimento de problemas pulmonares ou infecção de ouvido é mais comum.
Como evitar esse mal?
A principal atitude de um fumante passivo é evitar a exposição ao cigarro e sua fumaça. Para isso, não permita que pessoas fumem dentro de sua casa, ou dentro do seu veículo de transporte. Ainda, verifique o seu local de trabalho e persista em regras para evitar essa situação. Escolher locais livres de fumo como restaurantes, também é uma excelente alternativa.
Dica! Se você conhece ou convive com uma pessoa que fuma ativamente, a motivação é fundamental para deter com o vício. Incentive também a procura por um médico para orientação nesta etapa. Todo apoio é essencial e trará benefícios para todos os envolvidos.
A Unimed Londrina conta com um acompanhamento e apoio para fumantes na Unimed Saúde. O trabalho é coordenado por uma equipe multidisciplinar, com psicólogo, enfermeiro, nutricionista e assistente social. Para saber todos detalhes e como participar do grupo, clique aqui!
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