A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal (DII) de origem autoimune e com participação genética, de causa não bem determinada que se caracteriza pela inflamação do trato digestivo. Na maioria dos casos afeta o íleo (parte final do intestino delgado) e o cólon (intestino grosso), mas qualquer parte do trato gastrointestinal pode ser acometido pela doença, incluindo a boca (aftas orais recorrentes) e a região anal (fissuras e fístulas). Podem ainda ocorrer manifestações da doença em outras áreas, como articulações, pele, olhos e lesões no fígado.
Os sinais mais comuns incluem dor abdominal, frequentemente associada à diarreia, febre, aparecimento de fístulas anais, sangramento intestinal e sintomas variados em outras regiões do organismo. Geralmente cursa com grande perda de peso e enfraquecimento, devido à dificuldade do organismo em absorver nutrientes essenciais. É indispensável atenção aos sintomas, especialmente se persistirem por muito tempo. Ao identificá-los precocemente, é possível iniciar intervenções médicas mais eficazes.
Embora a doença não seja totalmente prevenível, há medidas que podem ajudar a atenuar o risco e reduzir a gravidade dos sintomas. A adoção de um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e sem tabagismo, pode auxiliar na prevenção da doença.
Além disso, a gestão do estresse, que sabemos estar ligada a várias condições de saúde, pode também desempenhar um papel no controle da doença.
O diagnóstico requer uma abordagem abrangente. O exame clínico pela equipe médica e histórico do paciente são fundamentais nesse processo. Exames complementares como endoscopia, colonoscopia e exames de imagem, podem ser fundamentais para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da condição. O tratamento muitas vezes é cirúrgico e deve ser instituído por médico com experiência na condução da doença, pois se trata de condição complexa.
O acompanhamento regular com médico especializado é imprescindível para monitorar a progressão da doença e ajustar o plano de tratamento, conforme necessário.
O mais importante é não hesitar em procurar a orientação de profissionais de saúde para obter a assistência adequada, em casos de sintomas ou suspeitas. A saúde digestiva é fundamental para o funcionamento do nosso organismo como um todo.