A Unimed Londrina lançou o programa Rede de Cuidados Continuados (RCC). O evento, realizado online, foi transmitido para os cooperados via Zoom e contou com apresentações do médico Dr. Douglas Crispim e do enfermeiro Dr. Alexandre Silva. O lançamento é a consolidação do projeto piloto da RCC, desenvolvido pela Unimed Londrina ao longo de 2021.
No projeto piloto, a Cooperativa aproveitou a estrutura já disponível no DOM – Serviço de Atendimento Domiciliar, com o objetivo de ampliar os serviços de cuidados paliativos. Segundo a gerente de Assistência Domiciliar da Unimed Londrina, Lucieire Ramon, para isso, foram contratadas duas médicas paliativistas e duas psicólogas especialistas em cuidados paliativos e também integraram a equipe quatro enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem que já atuavam no DOM. “Além desses profissionais, o projeto contou com o suporte da equipe multidisciplinar do DOM, quando necessário”, observa.
Para desenvolver o projeto, foram selecionados 153 pacientes oncológicos metastáticos, que passaram a ser acompanhados pelos profissionais a partir do momento em que o médico oncologista os encaminhou para o atendimento com a equipe multidisciplinar do DOM. “Além de atender os pacientes, o programa atua no contexto familiar, e envolve todos as pessoas próximas ao paciente. A equipe está preparada para lidar e conseguir atingir os objetivos propostos juntamente com a família do paciente”, observa Lucieire.
Dos pacientes que integraram o projeto, 89 vieram a óbito, sendo que 66 deles morreram no domicilio. A decisão sobre o lugar em que estariam na hora da morte foi tomada pelo paciente em conjunto com seus familiares. “Esses pacientes que foram a óbito no domicílio com a família tiveram todo suporte necessário, com sintomas e dores físicos controlados, sofrimentos minimizados, além das dores psicológicas e sociais aliviadas”, comenta.
Lucieire afirma que há um esforço muito grande por parte da família para que a última vontade do paciente seja respeitada e a equipe do projeto dá suporte para os familiares passarem por esse momento. O trabalho do piloto foi reconhecido pelas famílias, que enviaram muitas mensagens de agradecimento à Unimed Londrina. E posteriormente, uma pesquisa entre esses clientes atendidos pelo projeto revelou índice de satisfação de 97,37%.
Além dos resultados positivos junto aos pacientes e familiares, o projeto, segundo a gerente, apresentou significativa redução dos custos assistenciais. “Com o acompanhamento feito pela equipe do projeto, o paciente não fica perdido na rede prestadora. Quando precisa de algum atendimento específico, como uma transfusão de sangue, por exemplo, já vai direcionado para isso. Com a estabilização do quadro, ele retorna para o domicílio, onde o tratamento prossegue”, comenta.
Os resultados motivaram a Cooperativa a implantar o projeto piloto de maneira definitiva e expandir o atendimento a outros pacientes em cuidados paliativos. “O objetivo é atender, além de pacientes oncológicos, aquele com patologias neurodegenerativas, com doenças pulmonares, que também são elegíveis a esses tipos de cuidados”, explica Lucieire.
Para isso, a Unimed Londrina contratou a consultoria do Grupo Asas, de São Paulo, para promover a capacitação de médicos cooperados e profissionais multidisciplinares de maneira a criar uma rede que possibilite o andamento do projeto.
O grupo já assessorou diversas Unimeds em diferentes partes do Brasil, implantado esse mesmo serviço, trabalhando com o modelo de rede. “A ideia é capacitar mais profissionais, disseminar essa abordagem para que todos os cooperados compreendam que, mesmo não atuando na linha de frente dos cuidados paliativos, poderão oferecer ao paciente que ele acompanha o atendimento da equipe da Rede de Cuidados Continuados”, salienta.
Em breve divulgaremos mais informações sobre o treinamento.