Page 34 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina
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PROTOCOLOS E DIRETRIZES:
                     ANTIBIOTICOTERAPIA E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE


        e da União Europeia, totalizando 12% das emissões globais. Instituições de saúde utilizam
        muitos resíduos plásticos, que são feitos de combustíveis fósseis e causam poluição desde
        a sua fabricação até a destinação final, normalmente em bueiros, no solo, nos rios e mares.
        Se decompõem depois de muitos anos em micro plásticos, que são incorporados na água e
        nos alimentos, sendo ingeridos por animais e pelas pessoas. Podem causar vários problemas
        ambientais (poluição, inundações), doenças do trato gastrointestinal e morte de vários ani-
        mais. E apenas 2% de todo o volume produzido é realmente reciclado.
        As mudanças climáticas se mostram presentes e contínuas em todo o mundo, colocando
        em risco a população atual e as gerações futuras, assim como o próprio planeta. A contínua
        emissão de gases de efeito estufa exige que os serviços de saúde atuem de forma a agir e
        conscientizar sobre a necessidade de ser mais sustentável, de reduzir os riscos referentes
        às atividades humanas, mas também se preparar para as mudanças que serão necessárias.
        Extremos climáticos podem interromper serviços cruciais das cidades, causar superlota-
        ção dos serviços de saúde, intensificar epidemias, exigindo que a área da saúde mude o
        seu processo de trabalho estruturalmente e nos aspectos financeiros. Por isso, é necessário
        se conscientizar e se antecipar às mudanças, elaborar protocolos e tornar o profissional da
        saúde mais ativo, resiliente e adaptativo ao que se mostra iminente.
        7.1 COMO OS SERVIÇOS DE SAÚDE PODEM SE CONSCIENTIZAR SOBRE AS
        MUDANÇAS CLIMÁTICAS?
        No mínimo é necessário incentivar o consumo eficiente de água e de energia, reduzir o vo-
        lume gerado de resíduos e melhorar a segregação.

        Para a energia: manter luzes apagadas em locais sem uso, não deixar computadores em
        stand by, pois também consomem energia; controlar uso dos aparelhos de ar-condiciona-
        do (portas e janelas fechadas e temperatura padronizada em 24 graus, por exemplo), as-
        sim como a limpeza de filtros e partes do equipamento; adquirir equipamentos com menor
        consumo de energia; analisar o uso de energia solar; substituir lâmpadas incandescentes
        por lâmpadas econômicas (LED), que economizam até 60% no consumo, além de evitar a
        emissão de gás carbônico.

        Sobre a água, estimular projetos para captar água da chuva, usar torneiras de baixo consumo
        de água ou com fechamento automático; priorizar banheiros com válvulas na caixa, pois
        utilizam de 3-6 litros de água, em vez de 10 a 30 (válvulas antigas); não usar mangueiras para
        lavagens de áreas externas; reduzir as trocas de roupas e de enxovais para quando houver
        sujidade/umidade/material orgânico, ou a cada 3-4 dias, e a cada troca de paciente; confec-
        cionar estruturas de apoio corporal para o paciente com espumas encapadas com material
        impermeável e evitar o uso de lençóis/cobertores para esse fim.

        Quanto aos resíduos, capacitar e supervisionar a indicação do uso de luvas, aventais, más-
        caras e gorros, priorizando a higiene das mãos e o uso racional de equipamentos de prote-
        ção individual; dar preferência ao uso de campos e aventais cirúrgicos de tecido algodão,
        evitando o material sintético de uso único (manta de SMS) e manter o controle do número
        de lavagem e da qualidade do tecido para controlar os danos à estrutura do tecido; evitar o
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