Page 33 - Manual Antibioticoterapia Unimed Londrina
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I – NOÇÕES IMPORTANTES SOBRE RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA E PREVENÇÃO
              DE INFECÇÕES RELACIONADAS À SAÚDE (IRAS)


           BIBLIOGRAFIA

           BARLAM TF et al. Implementing an antibiotic stewardship program: Guidelines by the In-
           fectious Diseases Society of America and The Society For Healthcare and Epidemiology of
           America. Clin Infect Dis advanced access, april, 2016.

           http://www.cdc.gov/getsmart/week/

           7 INTERFACE ENTRE SUSTENTABILIDADE E REDUÇÃO DE RISCO
           O controle de infecção sempre esteve atrelado à segurança do paciente e à preservação de
           um ambiente saudável. Manter práticas de limpeza, incentivar a higiene das mãos, organizar
           o ambiente, permitir a ventilação natural, controlar o uso de antibióticos e de procedimen-
           tos com introdução de dispositivos médicos sempre foram ações gerenciadas nos serviços
           de saúde. Entretanto, hoje se mostram como medidas voltadas para a segurança do paciente
           e do colaborador, porém também precisam estar integradas às medidas de sustentabilidade
           e de preservação ambiental.
           Os serviços de saúde precisam ser sustentáveis e nunca causar mal ao paciente ou ao meio
           ambiente. Considerando as mudanças climáticas atuais, é relevante que os profissionais de
           saúde se comprometam e coloquem em suas práticas diárias ações voltadas para a sustenta-
           bilidade e preservação ambiental. Proteger o meio ambiente resulta na melhora da qualida-
           de de vida da população, que adoece menos e vive mais.
           O ambiente é um dos determinantes fundamentais de saúde individual e coletiva. É urgen-
           te educar os profissionais de saúde sobre os impactos das alterações climáticas na saúde
           humana, pois os mesmos têm acesso à grande parte da população e podem atuar de forma
           a conscientizar os cidadãos, estimular medidas simples e saudáveis, mas que impactam na
           redução da degradação ambiental. Prejudicar o meio ambiente resulta em mudanças cli-
           máticas, que repercutem diretamente na saúde humana, desencadeando doenças do trato
           respiratório, alergias, problemas cardiovasculares, acidentes, afogamentos, traumas físicos
           e mentais decorrentes de soterramento, inundações ou ondas de calor ou extremo, assim
           como doenças transmitidas por vetores e relacionadas a mosquitos, água ou alimentos. Tudo
           isso representa uma crise de saúde pública e ambiental.

           Muitas das atividades humanas produzem gases de efeitos estufa. É a queima de carvão,
           o uso de veículo movido a gasolina, a incineração de resíduos, o descarte de orgânico em
           lixões, a criação de gado e ovelha (que eliminam metano, gás de efeito estufa). Estes gases
           causam o aquecimento global, que provoca ondas de calor extremo, derretimento de gelei-
           ras, aumento do nível e da temperatura do mar, mudanças nos volumes das chuvas, furacões,
           tsunamis, incêndios.
           O impacto das mudanças climáticas na saúde das pessoas repercute no processo de traba-
           lho dos serviços de saúde que se tornam sobrecarregados. Por outro lado, a área da saúde
           representa um dos maiores geradores de resíduos e é responsável por até 4,4% das emissões
           globais líquidas de gases de efeito estufa, principalmente as dos Estados Unidos, da China

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